Porque deve vir?
Quais as
expectativas face ao congresso?
Este ano o VCIT realiza-se após a recente organização em
Portugal do 7º Congresso Europeu de Business Angels o qual,
como foi por todos reconhecido, atingiu elevados níveis
qualitativos os quais contribuíram para uma forte motivação
da comunidade portuguesa de empreendedores e investidores.
Neste sentido o VCIT pode considerar-se “ a cereja no topo
do bolo” já que em qualquer processo de aprendizagem- e por
estranho que pareça Portugal ainda se encontra nesta fase no
que diz respeito a questões relacionadas com o capital de
risco e o empreendedorismo - os seus princípios base tem que
ser enaltecidos até que todos os seus intervenientes possam
interioriza-los e torná-los reais. Por analogia com a
aprendizagem de uma língua podemos dizer que a mesma não se
aprende só com os seus princípios pois é preciso compreender
a mesma e depois praticá-la até que a mesma passe a ser
real…
Em face do exposto posso dizer com satisfação que as nossas
expectativas estão bem altas até porque desde 2001 que a
Gesventure se orgulha de organizar o Venture Capital IT
conseguindo que este se tenha tornado já uma das referências
nacionais ao nível da divulgação de uma atitude mais
empreendedora e de oportunidades de negócio interessantes
para o sector de capital de risco.
Este ano, voltamos a contar com um valioso painel de
oradores, nacionais e internacionais, que nos vão trazer um
pouco da sua realidade e que certamente será do maior
interesse da audiência – mais de 300 pessoas inscritas até
ao dia de hoje - que temos prevista. Posso confirmar que
estão inscritos para este congresso, para além de muitos
empreendedores, responsáveis por Sociedades de Capital de
Risco, Business Angels, empresários, advogados, académicos e
até estudantes que aproveitam este espaço quer para uma
primeira abordagem quer para uma consolidação/actualização
de conhecimentos sobre o mundo do empreendedorismo e do
capital de risco.
Os próprios oradores estrangeiros, provenientes dos EUA,
Canadá, Reino Unido, França e Espanha, demonstram também
elevada expectativa, face ao desconhecimento mas ao mesmo
tempo, curiosidade, que têm pelo mercado português estando,
e este facto é muito importante, 100% disponíveis para
elucidar sobre as suas vivências.
Trata-se de mais um evento para aproximar investidores e
empreendeores, apresentando as várias fontes de
financiamento. Daí a dedicação de alguns painéis aos
Business Angels?
Esse é, sem dúvida, o lema do VCIT - aproximar
Empreendedores e Investidores, sejam estes últimos de
carácter formal (Sociedades de Capital de Risco) ou informal
(Business Angels).
A importância que damos à figura dos Business Angels no
nosso congresso, deve-se à relevância que estes podem vir a
ter no meio empreendedor português. Para muitas pessoas este
é um agente económico ainda desconhecido e, de facto, a sua
existência tem sido mais notória durante o último ano,
período em que o nosso país viu surgir Clubes de Business
Angels por todo o país e, já este ano, uma Federação
Nacional de Associações de Business Angels (FNABA) a que
tenho a honra de presidir em representação do Business
Angels Club – primeiro Clube português de Business Angels .
Como já referi anteriormente ao termos tido a felicidade de
receber este ano, numa magnífica parceria entre a European
Business Angels Network (EBAN), a InovCapital e a
Gesventure, com o apoio do IAPMEI e da Câmara Municipal de
Cascais, o 7º Congresso Europeu de Business Angels,
conseguimos trazer para o seio da comunidade empresarial
este importante tema dos Business Angels.
No entanto torna-se fundamental promover a criação e
desenvolvimento de fundos de co-investimento, envolvendo
angels individuais, sindicatos de business angels e fundos
de capital de risco pois este facto irá contribuir para o
aumento da comunicação entre estes actores e ajudar a
colmatar o “ equity gap” criado entre o período em que os
angels estão activos e o período em que as empresas de
venture capital começam a investir.
Para além do mais importa reafirmar a necessidade do Governo
português criar um enquadramento júridico e fiscal favorável
ao desenvolvimento desta actividade, na linha do que se faz
nos países mais desenvolvidos, e por isso importa
sensibilizar os decisores públicos para as melhores práticas
internacionais que tem sido essenciais ao sucesso de tantos
projectos que se iniciam nas Universidades, Incubadoras,
Parques e Escolas Tecnológicas.
O que podem ensinar os especialistas estrangeiros
internacionais presentes na área do capital de risco?
O nosso mercado de capital de risco, apesar de ter alguma
actividade, está ainda muito distante do nível de maturação
de mercados como o norte-americano ou o britânico. Assim
sendo, a presença de tão distintos especialistas irá
permitir-nos conhecer situações que os mesmos se encontram a
viver bem como alertar-nos para as oportunidades que se
encontram subjacentes ao desenvolvimento futuro deste
importante instrumento de financiamento empresarial.
Acredito por isso que os especialistas estrangeiros
presentes no 7º VCIT terão um papel importante a desempenhar
a este respeito, nomeadamente na promoção dos padrões da
indústria e profissionalização do mercado uma vez que a sua
experiência na actividade de business angels e na gestão de
fundos de capital de risco, com foco nas fases iniciais, vão
permitir conhecer mais em detalhe os seus padrões de
investimento, códigos de conduta e testes que permitam
compreender o conceito de investimentos, por exemplo à
escala transnacional.
Mas também irão contribuir para melhorar a visibilidade dos
Business Angels no mercado nacional através da promoção de
histórias de sucesso, os objectivos e motivação que se
encontram por detrás do investimento ou fim e ao cabo
aumentando o conhecimento da natureza e papel dos Business
Angels na sociedade e na economia.
Por outro lado estou convicto de que iremos ter informação
importante sobre as melhores práticas internacionais que
estão a ser adoptadas no relacionamento entre os Business
Angels e as Sociedades de Capital de Risco e entre estes e
os Empreendedores tendo em vista cobrir o fosso financeiro
ainda existente no apoio a PMEs inovadoras.
As novas tecnologias e a energia são temas de destaque.
Porquê?
Ao nível das tecnologias, ficamos constantemente
surpreendidos com o carácter inovador de projectos que nos
são submetidos em áreas tão distintas como as tecnologias
móveis, internet e sistemas de segurança entre tantos
outros. Por esse motivo, consideramos essencial fazer uma
pequena análise das oportunidades que estão a ser exploradas
por empresas no estrangeiro como em Portugal e que
indiscutivelmente nos deixam a mensagem de que muitas
oportunidades estão ainda por explorar, sobretudo ao nível
dos nichos de mercado.
O interesse pelo sector da energia prende-se com as diversas
recomendações dos organismos internacionais com
responsabilidades nestas matérias que vão no sentido de um
uso mais intensivo dos biocombustíveis e no reforço da
energia produzida através de fontes renováveis para não
falar do uso de novas tecnologias capazes de reter e
armazenar carbono. Ora, este facto pressupõe a existência de
uma comunidade empreendedora capaz de desenvolver novos
produtos e serviços que aproveitem as oportunidades
derivadas desta importante tendência, à escala global, de
combate às alterações climáticas. Contudo, estes novos
empreendedores precisam não só de possuir os conhecimentos
científicos necessários à implementação dos citados produtos
e serviços mas também de uma forte comunidade de
investidores de capital de risco que para isso terá de estar
cada vez mais sensibilizada para as oportunidades existentes
no sector energético.
Quantos projectos vão ser apresentados no âmbito da
iniciativa Elevator Pitch? Quais as áreas e sectores dos
projectos empreendedores?
Está confirmada a participação de 8 projectos após a fase de
pré-selecção realizada pela equipa da Gesventure . Posso
adiantar desde já que se distribuem quase todos nas fases
seed e start-up, e por sectores tão diversos como a
tecnologia aliada à saúde, comunicações móveis, restauração
e publicidade.
Todos os anos a Gesventure distingue entidades e
personalidades que se destacam no nosso país. Este ano vai
ser igual?
À semelhança da edição de 2006, são 5 as categorias
consideradas:
- Empreendedor do Ano
- Intrapreneur do Ano
- Internacionalização
- Inovação
- Autarca Empreendedor
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