n.43, 27/Jun/08

 
   » ESPECIAL BUSINESS ANGELS
 
 

Francisco Banha
CEO e Business Angel
Business Angels, uma aposta... a concretizar
 

Numa altura em que a Indústria Nacional de Capital de Risco continua a não revelar qualquer apetência pelos projectos em fase early stage (seed capital e start-up) conforme o demonstram as estatísticas produzidas pela APCRI, referentes ao exercício de 2007, em que apenas se verificou um único investimento em projectos em seed capital , importa chamar a atenção dos diversos interessados sobre o financiamento dos negócios inovadores para a importância que os Business Angels podem assumir na dinamização da economia portuguesa.

 
   

Refira-se a propósito que só nos EUA, em 2007, 258.200 Business Angels investiram em 57.120 empresas cerca de 26 mil milhões de dólares. Deste montante incrível, cerca de 10.4 mil milhões de USD foram investidos em empresas seed/early stage das quais cerca de 9.000 empresas e 4 mil milhões de USD pertenciam aos sectores do software e da biotecnologia. Não sendo assim de estranhar, mais uma vez, a habitual desproporção existente entre os EUA e a Europa no que diz respeito ao financiamento da Inovação.

Relativamente ao panorama nacional, apesar de se ter conseguido a introdução em Novembro último da figura dos Business Angels, no ordenamento jurídico nacional, o facto é que essa importante iniciativa governamental não foi complementada com o correspondente estímulo fiscal pelo que se torna fundamental recorrer às melhores práticas internacionais tendo em vista a introdução no Orçamento Geral do Estado para 2009 de um adequado Enquadramento Fiscal.

 

No meu entender, aquilo que seria positivo ver o governo fazer é muito simples e efectivo, sugerindo desde logo um crédito fiscal no IRS do Business Angel de 20% dos investimentos feitos com um plafond de 20.000 euros por ano. Este sistema de incentivos é utilizado em mercados onde a actividade dos business angels está mais desenvolvida, como por exemplo o Reino Unido que permite um crédito de 20% dos investimentos, com um plafond de aproximadamente 100.000 euros, ou até mesmo o governo francês que aumentou em 2008 o correspondente plafond para 50.000 euros.

Tendo por base um estudo – apresentado ao lado - realizado por José Silva Jorge, assessor fiscal da consultora internacional Mazars, a despesa fiscal máxima no caso de 100 Business Angels tirarem partido do benefício e tivessem a taxa máxima de IRS seria de apenas 700.000 euros.

Perante o facto incontornável que o Empreendedorismo é um dos mais poderosos "drivers" para a Economia e que os Business Angels podem desempenhar uma importante missão na criação de condições de sucesso para os empreendedores pioneiros então torna-se necessário que se optimizem as condições no nosso País para que a actividade dos Business Angels venha a assumir o protagonismo que dela se espera.

 
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Conheça um pouco da história dos Business Angels em Portugal no artigo de Francisco Banha "Da Sombra à Luz".
 
 
 


 

 
 
 

Fiscal Incentives Available
to Business Angels in Europe


Relatório publicado em Junho de 2008
 
 


Estatísticas APCRI 2007
 
 
 
 
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  José Silva Jorge
Assessor Fiscal,
Mazars

Investidores em Capital de Risco no OE de 2008

Os Business Angels são tipicamente investidores que, dispondo de algum capital para investir, não são naturalmente magnatas dotados de fácil acesso a organizações e estruturas profissionais de investimento. Tipicamente investem em projectos novos (seed capital) ou já em curso (start up’s ou venture capital) em valores limitados, sós ou agregados em pequenos grupos que se associam ao(s) empreendedor(es). [mais]

 
 


Intervenção em vídeo de José Silva Jorge no 8º Venture Capital IT (9/04/08)
 
 

 
  Claire Munck
Directora Geral
EBAN

Business Angels e Capitalistas de Risco: o desafio em que todos ganham

A separação entre investidores informais conhecidos como business angels e capitalistas de risco tem sido um tópico muito falado nos últimos anos nas conferências europeias e artigos da imprensa. Ambas as partes reconhecem que há uma verdadeira falta de compreensão e comunicação entre ambos os mundos. Porque é que estes dois actores do mercado não conseguem trabalhar juntos? Quais são as soluções para os ajudar a colaborar, colmatar fossos financeiros e apoiar PMEs inovadoras?...[mais]


 

 
 
 



Distinção atribuída à Gesbanha, SA
 

 
     
 
» GESBANHA, S.A.

www.gesbanha.pt

A Gesbanha foi fundada em 1986, por Francisco Banha como empresa de prestação de serviços em contabilidade. Adquiriu entretanto competências em áreas complementares e que são hoje o core business da empresa, nomeadamente o cumprimento das regras de Corporate Governance através da implementação de uma adequada filosofia de business Process Outsourcing.


» GESVENTURE, S.A.

www.gesventure.pt

A Gesventure possui como actividade principal apoiar os Empreendedores no processo de Angariação de Capital de Risco, tendo concluído com êxito a obtenção de 16,2 milhões de euros. A Gesventure é associada da
APCRI, fazendo parte do seu Comité de Estatísticas, e é responsável pela organização de um conjunto de Eventos evangelizadores do Empreendedorismo e do Capital de Risco. A Gesventure faz parte da Rede Europeia de Business Angels, é o parceiro português do EASY Project e possui diversas parcerias internacionais, sendo a mais recente um protocolo de colaboração com a sua congénere chinesa VCCHINA que irá permitir aos empreendedores portugueses beneficiarem de um veículo à entrada nos mercados do Sudeste Asiático.

» GESENTREPRENEUR, Lda.
www.gesentrepreneur.com

A GesEntrepreneur é uma empresa líder na educação em empreendedorismo inserida na rede da
CG International, organização canadiana com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de projectos de educação em empreendedorismo. Nos últimos três anos, actuou por todo o território nacional com um modelo de aprendizagem vencedor, baseado na alteração de comportamentos potenciadores de uma atitude mais empreendedora.